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Segurança da Informação & Descarte de TI
Criado em 21 de Novembro, 2025
por Ecobraz
Leia em 6.3 minutos
2 Comentários
LGPD e Segurança de Dados no Descarte de Equipamentos de TI

LGPD e Segurança de Dados no Descarte de Equipamentos de TI

LGPD e Segurança de Dados no Descarte de Equipamentos de TI

Grande parte dos incidentes de vazamento de dados não acontece em ataques sofisticados, mas no óbvio: equipamentos descartados sem cuidado. Notebooks desativados, servidores antigos, HDs esquecidos em gavetas ou enviados para sucateiros sem qualquer controle continuam carregando dados pessoais, estratégicos e confidenciais.

No contexto da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), isso é um problema direto de conformidade. A empresa continua responsável pelos dados até que eles sejam efetivamente eliminados ou tornados irreversíveis, inclusive na fase de descarte de ativos de TI. Se o processo de descarte não é seguro e rastreável, o risco jurídico e reputacional é real.

Este guia mostra, de forma objetiva, como conectar LGPD, segurança da informação e descarte de equipamentos de TI, e como a Ecobraz se encaixa como parceira de descarte certificado e destruição de dados para empresas de todos os portes e órgãos públicos.


1. Por que o descarte de TI é um ponto crítico para a LGPD

Todo equipamento de TI corporativo tem potencial de carregar dados pessoais:

  • Notebooks e desktops com históricos de navegação, e-mails, planilhas e documentos;
  • Servidores e storages com bases de clientes, pacientes, usuários, colaboradores;
  • Dispositivos de rede com logs sensíveis;
  • Smartphones e tablets corporativos com apps, mensagens e acessos a sistemas;
  • Impressoras com fila de impressão e memória interna.

Quando esses ativos saem de uso, mas continuam com dados acessíveis, a empresa mantém responsabilidade. Se um terceiro acessa essas informações após um descarte mal conduzido, o incidente pode ser enquadrado como falha de segurança, com risco de sanções, ações judiciais e exposição pública.


2. LGPD: o que importa especificamente na fase de descarte

Sem entrar em juridiquês, a LGPD traz alguns princípios e obrigações que impactam diretamente o descarte de TI:

  • Segurança: adoção de medidas técnicas e administrativas para proteger os dados pessoais;
  • Prevenção: evitar ocorrência de danos em virtude do tratamento de dados;
  • Eliminação: dados devem ser eliminados após o término do tratamento, salvo exceções legais;
  • Responsabilização: a empresa precisa demonstrar que adota medidas eficazes de proteção.

Na prática, isso significa que a empresa precisa ser capaz de explicar, em uma auditoria ou incidente:

  • Como realiza o descomissionamento de ativos de TI (fim de vida);
  • Quais métodos aplica para eliminação ou destruição de dados antes ou durante o descarte;
  • Quais fornecedores têm acesso a equipamentos com dados e como são controlados;
  • Quais registros mantém para provar que o processo é executado.

3. Erros mais comuns no descarte de TI

Em ambiente corporativo, os deslizes se repetem:

  • Doação de computadores “formatados” sem garantia de limpeza segura de discos;
  • Venda de equipamentos usados para terceiros sem contrato adequado;
  • Envio de servidores, HDs e storages para sucateiros não licenciados;
  • Leilão de equipamentos sem remoção física ou destruição das mídias;
  • Armazenamento indefinido de equipamentos desligados, mas ainda com dados.

Em todos esses cenários, se alguém recuperar informações e houver associação com a empresa, o problema volta para o controlador dos dados, não para o sucateiro ou terceiro.


4. Política interna de descomissionamento de equipamentos de TI

O primeiro passo para reduzir risco é ter uma política interna clara para fim de vida de ativos de TI. Essa política deve tratar, pelo menos, dos seguintes pontos:

  • Escopo: quais equipamentos estão cobertos (notebooks, desktops, servidores, storages, dispositivos de rede, celulares, impressoras, etc.);
  • Responsabilidades: quem aprova o descomissionamento (TI), quem lida com inventário (controladoria), quem cuida do descarte (facilities, ESG, parceiro Ecobraz);
  • Fluxo de desativação: desligamento lógico (remoção de perfis, revogação de acessos, desvinculação de serviços) antes da saída física do equipamento;
  • Regras de destruição de dados: definição de quando usar limpeza lógica, quando usar destruição física, e quais ativos sempre exigem destruição;
  • Uso de parceiros especializados: cadastro de fornecedores como a Ecobraz para descarte certificado e destruição de dados;
  • Armazenamento de evidências: onde ficam armazenados certificados, relatórios e inventários.

5. Métodos de eliminação de dados: o que faz sentido na prática

Não existe único método “mágico” para todos os casos, mas algumas linhas gerais são claras:

  • Limpeza lógica (apagamento seguro): pode ser usada em determinados cenários quando a empresa planeja reutilizar ou revender internamente o equipamento. Exige ferramentas adequadas e processo controlado;
  • Criptografia de disco: reduz risco em caso de extravio, mas, sozinha, não substitui processo formal de descarte;
  • Destruição física de mídias: indicada para ativos críticos ou quando o equipamento está definitivamente saindo do controle da empresa.

O importante é que o método escolhido seja documentado, rastreável e executado por pessoas ou parceiros que sabem o que estão fazendo. Improviso não se sustenta em auditoria.


6. Documentação que conecta LGPD, TI e descarte

Para comprovar que a empresa trata o tema com seriedade, é essencial manter um pacote mínimo de registros:

  • Inventário de ativos de TI descomissionados, com data de saída de uso e destino;
  • Registros de autorização para descarte (ordens internas, chamados, aprovações eletrônicas);
  • Certificados de destruição de dados emitidos pelo parceiro (como a Ecobraz), vinculados a lotes ou projetos;
  • Certificados de destinação final (CDF) de resíduos eletroeletrônicos;
  • Relatórios consolidados por período, CNPJ e unidade;
  • Cláusulas contratuais com o parceiro de descarte cobrindo segurança da informação e confidencialidade.

Essa documentação entra diretamente em dossiês de LGPD, auditorias de segurança da informação e relatórios ESG.


7. Como a Ecobraz atua na destruição de dados e descarte de TI

A Ecobraz opera como parceira especializada em e-lixo, com foco em empresas e órgãos públicos que precisam juntar três coisas ao mesmo tempo: conformidade ambiental, segurança da informação e impacto social.

Na prática, isso significa que a Ecobraz:

  • Realiza coletas programadas de equipamentos de TI em unidades, filiais, data centers e órgãos públicos;
  • Aplica procedimentos de segurança específicos para equipamentos com dados sensíveis;
  • Executa destruição segura de dados em mídias, com emissão de certificados vinculados ao lote;
  • Garante destinação ambientalmente adequada dos resíduos eletrônicos, em conformidade com a legislação;
  • Entrega documentação completa para auditorias ESG, de compliance, contratos públicos e LGPD;
  • Integra, quando possível, equipamentos reaproveitáveis em projetos de inclusão digital dentro do ecossistema Ecobraz.

8. Checklist LGPD para descarte de equipamentos de TI

Como ponto de partida, uma empresa pode usar o seguinte checklist:

  • [ ] Existe política formal de fim de vida de ativos de TI?
  • [ ] O fluxo de desativação lógica é documentado e seguido?
  • [ ] Há definição clara de quando destruir fisicamente mídias?
  • [ ] Os parceiros de descarte são licenciados e contratualmente obrigados a proteger dados?
  • [ ] A empresa recebe e arquiva certificados de destruição de dados por lote?
  • [ ] O descarte é rastreável por CNPJ, unidade e período?
  • [ ] A área de privacidade/LGPD conhece e aprova o processo?

9. Conclusão: fim de vida de TI faz parte da estratégia de proteção de dados

Não adianta investir em firewall de última geração, criptografia avançada e políticas rígidas de acesso se, ao final, notebooks e servidores saem da empresa sem controle, com dados ainda presentes nos discos.

LGPD e segurança da informação exigem visão de ciclo de vida completo dos dados e dos equipamentos que os armazenam. Isso inclui a fase de descarte.

Ao estruturar políticas internas, trabalhar com parceiros especializados como a Ecobraz e manter documentação robusta, a empresa reduz significativamente o risco de vazamento, melhora sua posição em auditorias ESG e de privacidade e demonstra, na prática, responsabilidade com dados pessoais e com o meio ambiente.

Para estruturar um plano de descarte de TI alinhado com LGPD, segurança da informação e sustentabilidade, acesse: https://ecobraz.org

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2 Comentários
Susan L. disse:
Criado em 30 de janeiro, 2024
Adorei o conteúdo, super relevante em meio ao chaos que vivemos hoje em dia, as empresas precisam certamente colocar esse lixo eletrônico em lugares apropriados! Ótima iniciativa da Ecobraz, Com atitudes assim que mudamos o mundo!
Susan L. disse:
Criado em 30 de janeiro, 2024
Adorei o conteúdo, super relevante em meio ao chaos que vivemos hoje em dia, as empresas precisam certamente colocar esse lixo eletrônico em lugares apropriados! Ótima iniciativa da Ecobraz, Com atitudes assim que mudamos o mundo!

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